Você mente com frequência?

Você mente com frequência? Pode ser que você não seja um mentiroso compulsivo e que tenha um transtorno de personalidade que o leve a viver mentindo sem sentir a menor culpa por isto. Mas, as conhecidas “mentiras sociais” – aquelas consideradas inofensivas – também trazem consequências prejudiciais para seus relacionamentos e para você mesmo. Conheça mais sobre elas:

  1. Negação de um erro: há pessoas que negam terem cometido um erro porque não desejam sofrer as consequências do comportamento que tiveram. Quando são questionadas sobre o que fizeram, “juram de pé junto” que não foi bem assim ou até mesmo jogam a culpa em outra pessoa. Fugir da responsabilidade de um erro cometido impede o amadurecimento e o aprendizado pessoal.
  2. Fofoca aumentada: falar criticamente de alguém para outra pessoa já não é uma atitude legal. Quanto mais se a informação passada é recheada de detalhes mentirosos sobre algum ocorrido na tentativa de desvalorizar ainda mais a pessoa em evidência. Pessoas que geralmente criticam e aumentam informações sobre outras podem fazer isto na tentativa de exaltar a si mesmas através da inferiorização do outro.
  3. Orgulho: este sentimento leva muitas pessoas a fingirem emoções que não condizem com a realidade. Por exemplo: uma pessoa pode ter se sentido muito machucada pela forma como outra agiu com ela, mas por orgulho não deixa isto transparecer. O resultado geralmente é o aumento do rancor pela outra pessoa e a não solução do problema interpessoal.
  4. Inventar histórias: há pessoas que não conseguem contar algo sobre si mesmo sem “florearem” a história com mentiras sobre o que fizeram, o que falaram, como reagiram, etc. Pessoas assim geralmente são muito inseguras e acabam sentindo a necessidade de tornar suas experiências pessoais mais atraentes (com mentiras) porque não se sentem tão interessantes assim. A solução não está em tornar sua história mais atraente, mas em valorizar quem você é, sem a necessidade de inventar mentiras para chamar a atenção de outras pessoas.
  5. Omissão de fatos: há pessoas que acreditam que não há problema em omitirem fatos a fim de evitarem que outras não pensem negativamente sobre elas. Podem trair e omitir esta verdade; podem ter usado um dinheiro que era da família para um fim egoísta e não comentarem o que fez. Muitos pensam que a omissão não é mentira. Porém, ela torna os relacionamentos desonestos e obscuros. Você gostaria de se relacionar com alguém que não é transparente com você?
  6. Contar a “sua versão”: contar a alguém a sua versão da história omitindo fatos que prejudicariam você é desonestidade. Ao ser interrogado – por seu chefe, por seus pais, por seus amigos – sobre algo que aconteceu envolvendo você, você tem o direito de esclarecer a sua maneira de pensar, mas não de manipular o relato do ocorrido de maneira a beneficiar você.
  7. Juramentos falsos: há pessoas que, para compensar algum falta, fazem juramentos que elas sabem que não serão realidade. Pode ser uma mãe que jura para o filho que não perderá seus próximos jogos de futebol quando, na verdade, ela sabe que provavelmente não poderá comparecer a alguns deles. Pode ser um cônjuge que jure ao outro que não mais se envolverá com outra pessoa extraconjugalmente, mas que não rompeu com seu (sua) amante e nem pretende fazer isto. Como seria enfrentar a sua própria realidade e experimentá-la?

O pior da mentira não é o outro descobri-la; é você saber!

A verdade é a única maneira de sermos mais saudáveis emocionalmente e nos relacionamentos.

Escrito por Thais Souza, psicóloga clínica e pós-graduada em aconselhamento familiar.

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