Término de namoro: o que fazer?

Sim, término de namoro dói! Principalmente quando quem quis dar um fim no relacionamento não foi você. A experiência de estar, agora, sozinho (a) com seus próprios sentimentos leva pessoas a reagirem de diversas formas: jurando que nunca mais vai se apaixonar por alguém, isolando-se socialmente pela tristeza sentida, fazendo de tudo para que o (a) ex o (a) aceite de volta, falando mal dele (a) como maneira de “se vingar”, ou até mesmo ficando com a primeira pessoa que aparecer na frente para ver se esquece a dor que está sentindo. No entanto, certas atitudes não resolvem o sofrimento; podem apenas mascará-lo por um tempo ou piorá-lo. Enfim, conheça 10 maneiras de “sair da fossa”:

1. Não finja que nada aconteceu. Chore, converse com um amigo (a) próximo sobre como está se sentindo, e permita-se sentir a frustração, a tristeza, a raiva, enfim, os sentimentos que são naturais de serem sentidos nesta situação.

2. Não se envolva imediatamente com outra pessoa na tentativa de “curar” a sua dor ou de “fazer ciúme” para o (a) ex. Tenha paciência com o seu sofrimento, pense no que deu errado no relacionamento com o objetivo de aprender o que não repetir e o que fazer em um próximo namoro.

3. Se seu (sua) ex deixou claro que não deseja realmente namorar mais você, respeite a decisão dele (a) e não fique mendigando o amor dele (a), ligando a todo momento, enviando mensagens, dizendo que não consegue viver sem ele (a), forçando uma reconciliação através de conversas com amigos, parentes, etc. Ao fazer isso você aumenta o seu sofrimento porque se expõe afetivamente para o outro e não recebe em troca o que deseja.

4. Lembre-se de que a sua vida é dividida em várias áreas: o namoro, o estudo, o trabalho, a família, os amigos, as comunidades (igreja, etc), os hobbies (escrever, ler, música, esportes, cozinha, etc) e, portanto, a sua felicidade deve ser dividida entre elas. Portanto, invista, também, nestas outras áreas no decorrer da sua vida. O prazer que você poderá ter fazendo outras coisas não resolverá de imediato a tristeza pelo término do namoro, mas servirá de suporte para que você não fique afundado (a) no sofrimento atual.

5. Se o término foi impulsivo e você ainda tem alguma dúvida sobre os sentimentos da outra pessoa por você, converse com ela, tire suas dúvidas e, em seguida, ficando clara a decisão do outro, você poderá ou pensar em uma reconciliação (caso o outro também deseje) ou aprender a seguir com sua vida lembrando-se que a dor vai passar.

6. Na medida do possível, por mais que esteja se sentindo triste e sem vontade de fazer coisas que antes você gostava de fazer, volte a se envolver em atividades prazerosas e benéficas para você como sair com amigos, participar de algum evento da sua igreja, comunidade, se arrumar bem para você mesmo (a), sair para uma caminhada, etc.

7. Possivelmente passe pela sua cabeça pensamentos como: “O que eu não tenho e que fez com que ele (a) preferisse terminar comigo?”, “Não consegui ser interessante o suficiente para ele (a).” No entanto, o fato do seu (a) ex não ter preferido você com suas características (físicas, intelectuais, sociais, emocionais) não significa que você não seja interessante ou atraente, mas que o foco ou as preferências DAQUELA pessoa não eram estas; eram outras. Portanto, não se desvalorize.

8. Procure avaliar consigo mesmo (a) se há comportamentos em você que podem ser destrutivos em relacionamentos futuros como ciúme exagerado, impulsividade, carência afetiva exagerada, autoritarismo, etc. E, se verificar que há, tome atitudes para mudar ou mesmo busque uma ajuda.

9. Evite a tentação de ficar checando Facebook, Instagram, Twitter do seu (a) ex para saber o que ele (a) está fazendo, pensando, com quem está conversando, namorando, etc. Acompanhar de longe (ou de perto) a vida da pessoa trará maior sofrimento para você porque fará com que você fique pensando nele (a) o tempo todo.

10. Com o passar do tempo, à medida que for se sentindo recuperado (a), não se feche para outras possibilidades de relacionamento. Cuidado com o pensamento de que “se o (a) ex me machucou, todos os outros também vão me machucar”. Isto não é verdade. Mas, para isto, é importante que você tenha usado um tempo após o término do namoro para aprender mais sobre si mesmo (a) e sobre o que esperar/fazer/buscar/desenvolver em um próximo relacionamento.

Escrito por Thais Souza, psicóloga clínica e pós-graduada em aconselhamento familiar.

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