Você já faz parte da terceira idade? Pode ser que não, mas mesmo assim você provavelmente conhece alguém próximo a você que já tenha “certa idade”. Normalmente a gente associa esta fase da vida à perda de funções cognitivas como memória e raciocínio. E, realmente, ao envelhecermos nós vamos perdendo alguns neurônios. No entanto, de acordo com neurocientistas, o que mais prejudica a falha de funções cognitivas ou da nossa capacidade intelectual ao longo dos anos não é a perda de neurônios, mas as falhas ou diminuição da velocidade das conexões entre os neurônios, chamadas sinapses, que é a transmissão de uma informação de um neurônio para outro, que constrói, por exemplo, as memórias que temos, a capacidade de raciocínio e de resolução de problemas.
E, para que estas conexões continuem velozes e, portanto, a capacidade intelectual se mantenha, os idosos precisam continuar estimulando o cérebro para que estas conexões continuem acontecendo e sendo exercitadas. Caso contrário, as conexões vão ficando mais lentas, e as consequências serão: dificuldade de memória, de concentração, de entendimento e de raciocínio. Então, o cérebro precisa ser estimulado. Como?
Exercícios para a memória:
1. Decore listas de palavras e sequências de figuras e depois tente recordar a ordem sem ver as palavras ou desenhos.
2. Leia histórias ou assista filmes e depois tentar relembrar o maior número de detalhes da história.
3. Faça jogos simples e que podem ser realizados individualmente mesmo, como tentar se lembrar do maior número possível de animais com a letra “g”, ou de nomes de pessoas conhecidas com a letra “b”.
Exercícios para o raciocínio:
1. Exercite praticar atividades que envolvam raciocínio como palavras cruzadas ou jogos de lógica.
2. Exercite praticar atividades que envolvam estratégias como dominó ou o jogo de damas.
3. Faça exercícios mentais matemáticos como, por exemplo, pegar um número aleatório (por exemplo, 200), e ir diminuindo sempre 7 (ou qualquer outro número); ou seja, 200-7=193; 193-7= 186; 186-7=179, etc.
Realizar exercícios físicos, ter uma alimentação saudável, evitar o uso de tabaco, álcool, drogas e estimulantes, e respeitar as horas necessárias de sono são atitudes que auxiliam no bom funcionamento cerebral.
Além disto, o idoso que possui amizades e é envolvido em atividades sociais ou voluntárias é mais propenso a manter as atividades cerebrais estimuladas e, portanto, a capacidade intelectual ativada por mais tempo.
Escrito por Thais Souza, psicóloga clínica e pós-graduada em aconselhamento familiar.